quarta-feira, 31 de outubro de 2007

"Pequenas igrejas, grandes negócios"

Estávamos eu e Carol na Cruz Cabugá, tentando encontrar a redação da Continente Multicultural para conseguirmos uma sonora com Marco Polo para o nosso trabalho de Radiojornalismo, quando avistamos um templo da igreja universal do Reino de Deus. Com o sol escaldante e o insuportável mormaço das 14h, pensamos em como seria bom conseguir um copinho d'água por alí mesmo. O problema é que eu, fora o passe-fácil, tinha R$ 0,80 na bolsa, e Carol não estava em uma situação tão melhor do que a minha, o dinheiro que ela tinha era pra comprar a mini DV que iríamos usar para fazer o trabalho de TV. Mas a grandiosa Igreja estava bem alí, à nossa frente, nos tentando incansávelmente. Já sabíamos que certas igrejas evangélicas, utilizavam-se do sofrimento de muitas pessoas para manipular e alienar mentes. Mas foi ainda mais assustador quando vi o real procedimento de um "culto". Nós duas ficamos impressionadas com tamanha riqueza assim que colocamos os pés dentro do Templo. Pensei, prontamente, como ficaria interessante uma matéria sobre a doutrina daquela religião, pensei logo nas fontes que usaria... nos fiéis que aceitavam, cegamente, as orientações do pastor, nas autoridades de outras religiões para que falassem sobre a forma da igreja se impor àquelas pessoas que buscam uma palavra de conforto e, depoimentos dos próprios pastores para esclarecer dúvidas à respeito da doutrina evangélica. Perguntei se era possível gravarmos dentro da "Mansão", mas saí de lá sem uma resposta. Perguntava a um pastor e ele me indicava outro. Já que estávamos na igreja, resolvemos assistir ao início de uma pregação. E, acreditem, foi deprimente. O pastor começou pedindo para que as pessoas localizassem uma passagem na bíblia. Depois que todos localizaram, ele disse que antes de iniciar a leitura do evangelho precisava dar um recado aos fiíes. Começou, então, a comparar o comércio do futebol, da fórmula 1 à religião. Disse que da mesma forma que existiam pessoas que investiam em esportes, também precisava haver gente que investisse nas "obras de Deus". Falou na importância de doar grandes quantias à igreja. "Quanto mais dinheiro você dá, mas Deus vai lhe retribuir". Essas eram as palavras do pastor. "Vou contar uma coisa a vocês, mas prometam que não vão ficar com raiva, serei muito sincero... As quantias mais altas doadas à igreja vêm de pessoas que não frequentam o templo. Isso é ruim. Vocês precisam doar mais. Tem gente que junta dinheiro e não sabe pra que. Um dia desses, um homer doou R$ 10 milhões. Doem às obras de Deus e garantam, dessa forma, um lugar no Céu", disse. A comercialização da fé, a comercialização de Deus desenvolvia-se diante dos meus olhos. O inacreditável é que as pessoas conseguem se levar pelas palavras do pastor, acreditam fielmente que receberão graças porque dão dinheiro à igreja! O pastor distribuiu boletos bancários para que quem ainda não contribuia passasse a contribuir. E todos aplaldiam, concordavam, contemplavam as palavras o magnata. Pobres criaturas. Enquanto esforçam-se, durante o mês, reduzindo alimentação, não tendo lazer, vivendo em função da doutrina da Assembléia, a conta do pastor engorda. O "comerciante da fé" planeja a viagem de férias que fará à Páris ou ao Canadá, com a família e arquiteta a casa de veraneio que construirá na Austália. "Hipócritas, parasitas", não têm vergonha de dizer o que dizem? Não sentem culpa de se apoiar na ignorância dou outros para terem prosperidade financeira na terra?

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Trazendo a ética para a confusão dos meus dias.


Ética, moral , controvérsias na moralidade e a constante luta entre ser coletivo (que age de acordo com o papel que exerce na sociedade, muitas vezes negando os seus princípios ,não priorizando a sua autonomia, se "coisificando", ou seja, abdicando de sua racionalidade) e ser individual (que busca encontrar todas as respostas dentro de si mesmo, acreditando que para entender a nossa realidade e mudar alguma coisa na ordem vigente precisa primeiramente se entender, precisa se encontrar, colocando como prioridade os seus valores) nortearam e deram sentido às aulas de Heitor.

"O que vale a pena nos dias atuais? Tudo se perde ou será que sempre vale a pena?"


Agora eu penso no corre-corre do meu dia, em quantas coisas eu preciso fazer, em quantas responsabilidades eu assumi, quantas pessoas dependem da minha competência, quantas esperam uma resposta positiva nas ações que irei executar. Penso em quantas pessoas fazem parte do meu dia, quantas cruzam o meu caminho, são tantas que ao final do dia nem lembro de todas... que tristeza! São tão importantes quanto as que eu costumo lembrar, são capazes de mudar a ordem louca das coisas tão divinamente como as que eu torço pelo sucesso. Penso nas que eu mais amo e que o cotidiano impede que eu as veja, que eu as tenha como gostaria. Imagino as que eu poderia me apaixonar loucamente, mas não dou espaço pra que isso aconteça (é hora de ser racional, ser um "ser coletivo" e pensar um pouquinho no outro, tentar evitar a minha ausência antes que ela acostume-se com a minha presença). É engraçado pensar nas pessoas, elas sempre surpreendem e o encanto do inesperado é o que faz com que os nossos dias valham a pena, é pra experimentar, inovar, conhecer e nos admirar que acordamos todos os dias. É para nos renovarmos a cada dia que o dia foi montado do jeitinho que é... com um nascer do sol, trazendo toda a esperança que precisamos pra nos reerguer, com um sol quente pra nos dar vitalidade, uma tarde para podermos refletir em tudo o que está acontecendo e uma noite pra trazer toda a magia oculta no dia inteiro.

É pensando nessas coisas lindas do dia, dos humanos, do mundo que meu post se desenvolve. É refletindo sobre o ser coletivo e sobre a individualidade, a personalidade, as diferenças, singularidades de cada um que tento chegar à conclusão.




Agora você pensou que o texto chegaria ao fim ... mas era o que você esperava... certezas muitas vezes são cômodas, é bem mais interessante terminar com o que você nem esperava. E com certeza você não esperava que eu fosse finalizar preocupada com o que você espera ou não. Eu deveria estar bem mais interessada em escrever alguma coisa que fizesse sentido, algo literalmente correto, várias idéias dignas de serem lidas... afinal os leitores possuem diversas ocupações ao longo do dia... neste momento você poderia estar tomando uma xícara de café e pensando no trabalho voluntário que deseja começar, mas nunca o coloca como prioridade, ou embriagar-se com uma taça de vinho e refletindo sobre o livro de filosofia que acabou de ler, poderia, ainda, estar deitando, ouvindo a música que lhe transporta para uma realidade mais saudável, um mundo menos louco e arquitetar um encontro com aquela pessoa que lhe desperta um interesse, um desejo estranho. Mas não... você gastou esse tempo lendo o meu texto... e eu espero que ele tenha sido capaz de lhe enriquecer de alguma maneira.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Sexta-Feira

Oficina de fotografia, Palestra com radialista, Presença de jornalista televisivo da globo!
E eu refletindo sobre o que ando fazendo com o meu tempo...
As informações são fundamentais, mas diminuir algumas pendências também são prioridades!
Então, jornalista global... que pena, mas não posso comparecer à sua palestra hoje.
Ontem o radialista me esclareceu algumas dúvidas... mas não sei ao certo em que ramo pretendo atuar. Acho que é porque ainda está um pouco cedo! Eu e minha mania de querer tomar logo uma decisão e apressar tudo! Não! Dessa vez não posso apressar... tudo vem com o tempo, naturalmente.
E o forró do SJ? "Dani num forró?! É mentiraa!!!". Ah, é porque é SJ e no SJ a a gente tem que entrar no clima, né? "Só por uma noite" e depois a gente larga novamente essa ritmo!;D
As rifas! E o congresso... tão caminhando! Espero que os meus outros amigos sejam tão generosos como João e eu venda muuiitaass!!! Afinal, Campina Grande nos espera!=D

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Em resposta ao post a mim dedicado.


Quando a realidade contradiz tudo aquilo que você havia planejado, quando uma decepção te faz acordar e ver que os planos que você havia traçado já não fazem mais sentido... você se vê meio desnorteada, você já não tem pra quem contar as coisas mais banais e as mais importantes, o que seria o definidor da tua personalidade em formação.

Nesses momentos é preciso esquecer a realidade, é fugir de alguns paradigmas, não seguir as velhas normas, não agir como tudo mundo esperasse que você agisse... simplesmente experimentar!

Libertar-se de todos os padrões impostos, tentar conhecer você mesma, tentar se descobrir... Você precisa essencialmente se permitir... Olhar em volta e perceber a quantidade de vidas, de olhares que te cercam, espantar-se com quantas formas de viver e ver a vida é possível haver.

O que se espera ter não é mais a realidade... Nessa noite buscou-se a ilusão, o efêmero, a magia do momento.

sábado, 17 de março de 2007

Porque!

Por que esse mundo torna todas as coisas belas,necessárias e essenciais para o alcance da felicidade tão difíceis e inacessíveis? Por que as pessoas sentem tanta necessidade de buscar sempre além do possível e de nunca se satisfazer com aquilo capaz de ser o bastante para completá-las? Por que esquecer o amor, por que tirá-lo de nossas vidas? Por que diluir todas as esperanças que bastariam para remediar todos os nossos tédios, todas as nossas dores e tristezas?Por que tentar procurar lugares para ser feliz,se você o pode ser em todos os lugares? Por que progamar o seu tempo de forma tão controlada, a ponto de estipular as horas de amar, outras para aconselhar,estar junto e presente de quem te necessita? Por que cultuar a melancolia e os momentos de solidão, se estes podem se mostrar tão traiçoeiros? Por que não viver o presente e dele tirar tudo o que for preciso para viver em paz?...Por que não mais acreditar na beleza da verdadeira amizade, se esta é capaz de superar e entender todas as lamentações e limitações? Por que não acreditar um pouco mais em você e na sua capacidade de ser quem desejar? Por que não tentar em alguns momentos fugir dessa sua visão superficial e tentar se enxergar com um pouco mais de profundidade? Por que não tentar entender a sua alma e talvés descobrir a impossibilidade de algo tão complexo? Por que ódio e rancor tantam reinam num mundo tão desumano cujo o próprio ser-humano construiu? Por que somos treinados e ensinados a nos acostumar com esse modo de vida cruel e completamente assustador, que não se importa com as nossas dores, que não sabe das nossas necessidades e que não é capaz de entender os meus sonhos?...Por que temos que aceitar tantas imposições injustas injustas, tantas idéias insanas que não aceitam críticas e que são aclamadas por aqueles capazes de mudar tanta miséria e pequenez em nosso mundo,por aqueles que tem educação e consciência necessárias para entender que tudo o que se passa é fútil e incapaz de tornar o nosso meio num lugar mais digno de vida, de sanar as alarmantes 'cicatrizes' profundas já formadas? Por que sorrer, se nada parece me dar motivos para a alegria, se nada por aqui parece me completar, se ninguém por aqui parece me entender? Por que chorar, se as lágrimas não lavarão a minha dor, se as minhas lágrimas não levarão para longe de mim as minhas dúvidas, muito menos as minhas lamentações... Se não levarão para longe de mim a minha tristeza? Por que tentar amar tanto os outros, se o homem insiste em ser tão orgulhoso, incompreensível, se é incapaz de notar as coisas mais simples e importantes da vida, se eu sei que em muitas vezes não serei retribuída da mesma forma à esse amor que dou incondicionalmente até mesmo àqueles que parecem nem se preocupar comigo... se sei que no final de tudo a ingratidão será a minha 'companheira inseparável'? Por que ser sozinha, ser 'eu por mim', se já sei que eu na condição humana à qual pertenço exige que eu entenda outras pessoas...exige que eu tente entender o mundo... que eu tente entender alguns de seus princípios?...Por que me apegar à pequenas coisas e à grandes pessoas que rapidamente partirão da minha vida, mas que eternamente permanecerão em minhas lembranças, em minha história? Por que tanto sofrer por aqueles que provavelmente não derramariam uma lágrima por você? Por que desfrutar dos momentos de felicidade,se você já sabe o quanto eles são inconstantes? Por que se afundar em dor e sofrimento, se sabes que por mais complicada que seja uma situação e por mais tristes e despedaçados possam estar sua alma e seu coração, esse momento irá brevemente passar, como tudo em sua vida? Por que tanto lutar para acertar e fazer tudo em perfeição, se no fim tudo termina como realmente deve ser, independente de nossa vontade? Por que estar interessado em ouvir tudo o que se passa ao seu redor com tanta atenção, se no fim tufo o que você precisou ter ouvido estava dentro de si mesmo? Por que tanto procurar o silêncio, se o mundo incansavelmente grita, na tentativa de ser ajudado, de ser curado da ganância dos homens, e se todo o silêncio necessário para alcançar a suprema paz está dentro do teu próprio espírito, se dentro de você já existe todo o equilíbrio que tanto buscas em vão por aí? Por que flores, se estas virão a ser pó futuramente? Por que pó, se o mundo necessita de cores que possam trazer sinais de vida? Por que tanta auto-suficiência, tanto amor próprio, tanta força em suas ações, se no fim é a sensibilidade que dominará o mundo? Por que tanto lutar pelo domínio, pela simples aceitação da fragilidade se, inconscientemente, é o que nos povoa? Por que tanto esforço e sacrifício para entendermos e nos acostumarmos à ensinos que não farão a mínima diferença na construção do nosso caráter e e personalidade? Por que tanto ter que aperfeiçoarmos nossa inteligência e raciocínio, se a cada dia que passa agimos com mais impulsividade? Por que insistir em procurar uma luz com tanta pressa e empenho, se dentro de você ainda reinam e triunfam o sombrio, a penumbra? Por que apressar o tempo? Porque buscar tantas cores, se podes ter mais sinceridade com a transparência? Por que lembrar, se tens que agir para viver? Por que tantas palavras para expressar sentimentos tão confusos , para expressar tantas perguntas, que poderiam fazer sentido à partir de hoje, se certas coisas fossem mais notadas ou poderiam ser também mais um monte de perguntas fúteis, que servam apenas para enfeitar um raciocínio e preencher umas emoções? Por que respostas, se no final você pode encontrá-las dentro de você mesmo?

quinta-feira, 15 de março de 2007

''O essencial é invisível aos olhos''.


Não temos raízes...Os homens não possuem raízes que os façam ficar presos à terra, em um único lugar a vida inteira... sentem necessidade de sair e nunca poderão se prender em um só lugar...

Mas quando cativam algo, quando amam muito alguma coisa, como por exemplo uma flor única, mesmo sabendo da existência de milhares de flores de sua mesma espécie, sabem que não suportariam passar a vida inteira sem estar junto dela, porque sua presença é única, exatamente como ela! Precisam cuidar com zelo de seu maior tesouro, talvez algo que já faça de seu próprio corpo, de sua própria alma...

Quando olhares as estrelas, olhe com atenção, podem não se conter de felicidade por serem testemunhas do amor real de um pequeno príncipe que descobriu o verdadeiro sentido da vida e de uma flor única, em meio a tantas perdidas e iguais espalhadas pelo mundo... ou podem desabar, com o peso das lágrimas se a realidade tiver sido cruel e levado para sempre a pequena e frágil flor...

o amor nunca morreria... mas a solidão pra sempre o acampanharia...


''Tu se tornas eternamente responsável por aquilo que cativas''.

Sonho sem fim nem fundo.

É... passei tanto tempo sem postar no meu outro blog que achei melhor não mais continuar expressando meus pensamentos nele. É interessante isso... aquele velho clichê de que ''a gente só valoriza quando perde, ou só enaltece quando ainda não conquistou''... O ´prazer da conquista é exitante demais, às vezes esquecemos de que é necessário continuar dando a atenção necessária e reservando um relativo zelo àquelas coisas (e pessoas) que estimamos. E por que não dizer que amamos? Eu esqueci de fazer isso com aquele outro espaço que era meu. Surgiram coisas muito novas na minha vida e eu precisei vivê-la mais do que intensamente. O tempo que deveria ter sido destinado à ele terminou sendo tomado por coisas que me pareciam essenciais... Algumas não são realmente merecedoras desse desapego que eu concedi à mim mesma das palavras... Ou melhor... Nada é capaz de justificar esse meu desleixo com a busca incansável de idéias conexas !Eu sei que enlouqueceria se me tirassem o único meio que eu tenho pra desabafar, me expressar, cativar e emocionar! Eu enlouqueceria se me fosse tirada a forma mais eficaz de tentar me encontrar! E por que eu fui assim tão egoísta à ponto de dizer que ''me faltava inspiração'' ou que ''não era capaz de encontar as letras suficientes para expressar o que se passava na minha vida''? Como eu pude ser tão pequena assim? Como eu fui me preocupar com coisas que não são merecedoras da minha atenção, com coisas que não me auxiliariam em nada, com coisas irrelevantes ? Como eu fui esquecer como é bom escrever, como é bom expressar o que eu sinto, o que eu penso, como é bom compartilha sonhos, como é bom ter pra que sonhar, como é bom saber que sonhar é saudável, é necessário... Como é bom contemplar a realidade na sua inexistência... Como é inquietante não saber os limites dos sonhos e do simples sono. Isso está de volta porque eu ''gosto de dizer...Direi melhor: Gosto de palavras''!