sábado, 18 de julho de 2009

História Fictícia

Talvez o problema seja mesmo comigo. A frieza foi a primeira característica apontada. Ele não estava errado, parecia até me conhecer mais do que deveria. Bem saberia ele, um tempo depois, que era uma defesa, a minha defesa. Pouco tempo juntos e a impressao de que seria diferente. Gostei da respiração e de como ele me segurava, de como ele me enfrentava. Gostava das coisas que falava, mesmo sabendo que de tudo aquilo iria terminar tão repentinamente. O abraço era confortante e já deixava saudade!
Mas aí veio a imperfeição e fui tomada de angústia. Era exatamente aquela angústia de perder alguma coisa (mesmo não possuindo) por um erro. O problema é que dessa vez nem sabia aonde eu tinha errado. Normalmente o arrependimento me consome, mas dessa vez estava alí por ele e para ele, tinha a esperança de vê-lo uma vez mais. Fiquei triste por ele não ter a certeza disso. Ele dizia que a vida amorosa dele mais parecia uma piada, pois é, acho que ele andou me contando algumas e até aprendi um pouco nesse meio tempo. Pois é, esse meu personagem está longe, mas não passou. Eu somente torço pela felicidade dele! Vejo ele com um sorriso cativante , conquistando as coisas que deseja e as pessoas que quer bem. Vejo muitos amigos sinceros e uma menina que mereça ser a história principal do livro que eu ainda vou corrigir.
Ele diz que ainda não consegue amar! "Amor", o frio da história agora é você. Devemos amar bem mais e sem medo. Sei que temes e decepção, mas triste é aquele que nega sentimento tão lindo . A vida seria tão mais cruel sem o amor desprendido de receios.
Essa história ainda não é triste, pra mim ela ainda não terminou.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Felicidade

Deixar ir embora tudo aquilo que não faz bem ao ser, tentar se desprender de todas as coisas que não contribuem para o crescimento, a maturidade do espírito. Não estar totalmente condicionado ao sistema, tentar viver de forma responsável e leve ao mesmo tempo. Não permitir que a comodidade torne-se uma constante e impossibilite a busca pelo novo, por "novos horizontes", por novos ideais. Perceber que existem vários caminhos possíveis, que só depende de nós modificar nosso percurso e que a vida não combina com estagnação, mas com mudanças, com novas percepções, novas visões. Ter a disponibilidade para conhecer novas histórias, encantar-se com novas foces, dar importância a cada momento vivido por nós.
Ver a beleza dos sorrisos, entontecer-se com o Carnaval que se aproxima, valorizar a cultura, os batuques, a alegria. Amar cada pedaço de terra pelos quais passamos e pensar na quantidade e diversidade de almas que já passaram por onde estamos. Achar grandioso cada dia, cada nascer do sol, cada estrela existente no céu. Emocionar-se com cada abraço dado e perceber o amor em cada gesto. Essas coisas nos deixam mais felizes e nos dão força pra levar o dia-a-dia de forma mais saudável e pensar numa maneira mais linda de viver.


quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Verão

Biquini, canga, shortinho, camiseta, vestidos, óculos, chinelo dentro da mala! Do lado de fora vão itens não menos importantes... as amigas, companheiras, as pessoas que darão um sabor diferente à viagem! A cerveja, o peixe, mar, sol, areia, protetor, cadeiras, guarda-sol, mesinha, caldinhos, salada, artesanato durante o dia! Durante a noite, a vez é do vinho, vodka, cerveja mais uma vez, conversa legal, música, seja pra dançar ou pra dar ritmo a um papo interessante. Turismo, visita aos pontos históricos, às praias badaladas, às belezas naturais! Felicidade em cada lugar descoberto, cada sorriso despertado, cada novo amigo conquistado. Amor de verão. Vidas passageiras, rostos diferentes e efêmeros, tudo com a perfeição da estação mais quente do ano! A paz sentida por estar longe de quase todo mundo, da rotina, do trabalho, da faculdade, da responsabilidade.
A curiosidade por tudo aquilo que não possui e deconhece, o paixão pela conquista!
Ai, ai, fériasss, chega logooo!=)

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Leveza...

Dez e meia. Sol escaldante. Calor insuportável. É um daqueles dias perfeitos para estar na praia, olhar o mar, sentir a brisa, estar perto da natureza! Mas a praia está longe, muito longe! A praia é quase um sonho, já que ela tem aula a tarde inteira. Mas ela não resiste ao convite da amiga pra parar um pouquinho, sentar na mesa e tomar uma cerveja pra acalmar o dia. E a meia horinha que deveria levar a conversa estendeu-se. Perdeu a aula de Humanismo. Valeu a pena perder a aula de Humanismo, agora ela sente que está, finalmente, despreocupada com coisas que nunca deveriam ter conturbado seus pensamentos. Estamos rodeados de coisas lindas, lugares maravilhosos, pessoas especiais. Existe tanta coisa maior do que a gente imagina. De que adianta pensar em coisas que não deram certo? As coisas passaram, as pessoas mudaram. A vida prossegue e não vale a pena alimentar o que não existe. Ilusão. Tudo ilusão. O dia dela tornou-se mais lindo ainda quando viu que as pessoas estavam se acertando, deixando de lado o que as consumia e tentando seguir por um caminho diferente, sem medo.
Sentia-se leve porque não esperava nada de ninguém, só a paz a encantava. Só a liberdade a atraia!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Vila dos Comerciários

Ida à sessão da fono no Agamenon Magalhães, próximo à Vila dos Comerciários (Casa Amarela), mais precisamente à casa da minha bisavó, já que era ela quem me levava de manhã cedinho... O momento mais feliz era a volta... Vovó Severina tentava me agradar com um pacotinho de waffer sabor abacaxi e uma fanta uva (e conseguia, parecia realmente ter a receita mágica capaz de fazer brilhar meus olhinhos ainda infantis. Enquanto painho não chegava p/ me buscar eu a fazia cia defronte à televisão, divertindo-me com os desenhos, assistindo ela dar forma aos tecidos, arrumando seus objetos de pequeno valor material, mas de incontável valor humano ou brincando com os tubinhos de linha vazios. Quando meu tempo não era preenchido por nenhuma dessas atividades eu estava guardando os soldadinhos do ‘’pé de pinha’’ numa caixinha de fósforos, tocando no ‘’enrola-enrola’’ para vê-lo encolhendo-se por completo ou comendo queijo com doce no sofá de voinha, admirando com distinta atenção cada peça que compunha a pequena sala de belezas raras e discretas... simples como apenas ela sabia ser! Ah, quantas lembranças a Vila dos Comerciários me trazem... O almoço do dia do Natal... Lembro-me de alguns flashes... a família toda reunida numa casa que era tão pequenininha, mas que tinha lugar p/todos, exatamente como no coração de Vovó Severina. É daquelas tardes paradas e vazias que agora eu sinto saudade... É de ficar sentadinha no muro esperando esperançosamente alguém que eu realmente não sabia quem era chegar (mesmo, no fundo, já sabendo que a minha espera era em vão... acho que ninguém me notaria naquelas tardes... os meninos grandes se entretiam jogando bola no campinho próximo, os homens trabalhavam ou reuniam- se no bar p/ prozear e as senhoras estavam dentro de casa preparando a próxima refeição do dia). Eu queria comprar bombom na venda. Eu queria comer galinha cabidela com o arroz e o purê de vovó Severina no natal novamente. Eu queria a família toda junta, ouvindo Tio Almir tocar violão sem prestar atenção às notas que saíam das cordas e dos seus dedos... porque minha preocupação, minhas prioridades eram de criança... Eu queria estar na árvore, caçando soldadinhos, queria estar próxima à natureza descobrindo os seus encantos... Eu queria estar cercada de pessoas queridas, de pessoas amadas... estar junto sem hipocrisias, sem precisar aparentar ser absolutamente nada... Ser somente você e não dar a mínima importância se esperam mais ou menos das suas atitudes! Ser humano... Ser criança! =)

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

"Pequenas igrejas, grandes negócios"

Estávamos eu e Carol na Cruz Cabugá, tentando encontrar a redação da Continente Multicultural para conseguirmos uma sonora com Marco Polo para o nosso trabalho de Radiojornalismo, quando avistamos um templo da igreja universal do Reino de Deus. Com o sol escaldante e o insuportável mormaço das 14h, pensamos em como seria bom conseguir um copinho d'água por alí mesmo. O problema é que eu, fora o passe-fácil, tinha R$ 0,80 na bolsa, e Carol não estava em uma situação tão melhor do que a minha, o dinheiro que ela tinha era pra comprar a mini DV que iríamos usar para fazer o trabalho de TV. Mas a grandiosa Igreja estava bem alí, à nossa frente, nos tentando incansávelmente. Já sabíamos que certas igrejas evangélicas, utilizavam-se do sofrimento de muitas pessoas para manipular e alienar mentes. Mas foi ainda mais assustador quando vi o real procedimento de um "culto". Nós duas ficamos impressionadas com tamanha riqueza assim que colocamos os pés dentro do Templo. Pensei, prontamente, como ficaria interessante uma matéria sobre a doutrina daquela religião, pensei logo nas fontes que usaria... nos fiéis que aceitavam, cegamente, as orientações do pastor, nas autoridades de outras religiões para que falassem sobre a forma da igreja se impor àquelas pessoas que buscam uma palavra de conforto e, depoimentos dos próprios pastores para esclarecer dúvidas à respeito da doutrina evangélica. Perguntei se era possível gravarmos dentro da "Mansão", mas saí de lá sem uma resposta. Perguntava a um pastor e ele me indicava outro. Já que estávamos na igreja, resolvemos assistir ao início de uma pregação. E, acreditem, foi deprimente. O pastor começou pedindo para que as pessoas localizassem uma passagem na bíblia. Depois que todos localizaram, ele disse que antes de iniciar a leitura do evangelho precisava dar um recado aos fiíes. Começou, então, a comparar o comércio do futebol, da fórmula 1 à religião. Disse que da mesma forma que existiam pessoas que investiam em esportes, também precisava haver gente que investisse nas "obras de Deus". Falou na importância de doar grandes quantias à igreja. "Quanto mais dinheiro você dá, mas Deus vai lhe retribuir". Essas eram as palavras do pastor. "Vou contar uma coisa a vocês, mas prometam que não vão ficar com raiva, serei muito sincero... As quantias mais altas doadas à igreja vêm de pessoas que não frequentam o templo. Isso é ruim. Vocês precisam doar mais. Tem gente que junta dinheiro e não sabe pra que. Um dia desses, um homer doou R$ 10 milhões. Doem às obras de Deus e garantam, dessa forma, um lugar no Céu", disse. A comercialização da fé, a comercialização de Deus desenvolvia-se diante dos meus olhos. O inacreditável é que as pessoas conseguem se levar pelas palavras do pastor, acreditam fielmente que receberão graças porque dão dinheiro à igreja! O pastor distribuiu boletos bancários para que quem ainda não contribuia passasse a contribuir. E todos aplaldiam, concordavam, contemplavam as palavras o magnata. Pobres criaturas. Enquanto esforçam-se, durante o mês, reduzindo alimentação, não tendo lazer, vivendo em função da doutrina da Assembléia, a conta do pastor engorda. O "comerciante da fé" planeja a viagem de férias que fará à Páris ou ao Canadá, com a família e arquiteta a casa de veraneio que construirá na Austália. "Hipócritas, parasitas", não têm vergonha de dizer o que dizem? Não sentem culpa de se apoiar na ignorância dou outros para terem prosperidade financeira na terra?

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Trazendo a ética para a confusão dos meus dias.


Ética, moral , controvérsias na moralidade e a constante luta entre ser coletivo (que age de acordo com o papel que exerce na sociedade, muitas vezes negando os seus princípios ,não priorizando a sua autonomia, se "coisificando", ou seja, abdicando de sua racionalidade) e ser individual (que busca encontrar todas as respostas dentro de si mesmo, acreditando que para entender a nossa realidade e mudar alguma coisa na ordem vigente precisa primeiramente se entender, precisa se encontrar, colocando como prioridade os seus valores) nortearam e deram sentido às aulas de Heitor.

"O que vale a pena nos dias atuais? Tudo se perde ou será que sempre vale a pena?"


Agora eu penso no corre-corre do meu dia, em quantas coisas eu preciso fazer, em quantas responsabilidades eu assumi, quantas pessoas dependem da minha competência, quantas esperam uma resposta positiva nas ações que irei executar. Penso em quantas pessoas fazem parte do meu dia, quantas cruzam o meu caminho, são tantas que ao final do dia nem lembro de todas... que tristeza! São tão importantes quanto as que eu costumo lembrar, são capazes de mudar a ordem louca das coisas tão divinamente como as que eu torço pelo sucesso. Penso nas que eu mais amo e que o cotidiano impede que eu as veja, que eu as tenha como gostaria. Imagino as que eu poderia me apaixonar loucamente, mas não dou espaço pra que isso aconteça (é hora de ser racional, ser um "ser coletivo" e pensar um pouquinho no outro, tentar evitar a minha ausência antes que ela acostume-se com a minha presença). É engraçado pensar nas pessoas, elas sempre surpreendem e o encanto do inesperado é o que faz com que os nossos dias valham a pena, é pra experimentar, inovar, conhecer e nos admirar que acordamos todos os dias. É para nos renovarmos a cada dia que o dia foi montado do jeitinho que é... com um nascer do sol, trazendo toda a esperança que precisamos pra nos reerguer, com um sol quente pra nos dar vitalidade, uma tarde para podermos refletir em tudo o que está acontecendo e uma noite pra trazer toda a magia oculta no dia inteiro.

É pensando nessas coisas lindas do dia, dos humanos, do mundo que meu post se desenvolve. É refletindo sobre o ser coletivo e sobre a individualidade, a personalidade, as diferenças, singularidades de cada um que tento chegar à conclusão.




Agora você pensou que o texto chegaria ao fim ... mas era o que você esperava... certezas muitas vezes são cômodas, é bem mais interessante terminar com o que você nem esperava. E com certeza você não esperava que eu fosse finalizar preocupada com o que você espera ou não. Eu deveria estar bem mais interessada em escrever alguma coisa que fizesse sentido, algo literalmente correto, várias idéias dignas de serem lidas... afinal os leitores possuem diversas ocupações ao longo do dia... neste momento você poderia estar tomando uma xícara de café e pensando no trabalho voluntário que deseja começar, mas nunca o coloca como prioridade, ou embriagar-se com uma taça de vinho e refletindo sobre o livro de filosofia que acabou de ler, poderia, ainda, estar deitando, ouvindo a música que lhe transporta para uma realidade mais saudável, um mundo menos louco e arquitetar um encontro com aquela pessoa que lhe desperta um interesse, um desejo estranho. Mas não... você gastou esse tempo lendo o meu texto... e eu espero que ele tenha sido capaz de lhe enriquecer de alguma maneira.