sábado, 17 de março de 2007

Porque!

Por que esse mundo torna todas as coisas belas,necessárias e essenciais para o alcance da felicidade tão difíceis e inacessíveis? Por que as pessoas sentem tanta necessidade de buscar sempre além do possível e de nunca se satisfazer com aquilo capaz de ser o bastante para completá-las? Por que esquecer o amor, por que tirá-lo de nossas vidas? Por que diluir todas as esperanças que bastariam para remediar todos os nossos tédios, todas as nossas dores e tristezas?Por que tentar procurar lugares para ser feliz,se você o pode ser em todos os lugares? Por que progamar o seu tempo de forma tão controlada, a ponto de estipular as horas de amar, outras para aconselhar,estar junto e presente de quem te necessita? Por que cultuar a melancolia e os momentos de solidão, se estes podem se mostrar tão traiçoeiros? Por que não viver o presente e dele tirar tudo o que for preciso para viver em paz?...Por que não mais acreditar na beleza da verdadeira amizade, se esta é capaz de superar e entender todas as lamentações e limitações? Por que não acreditar um pouco mais em você e na sua capacidade de ser quem desejar? Por que não tentar em alguns momentos fugir dessa sua visão superficial e tentar se enxergar com um pouco mais de profundidade? Por que não tentar entender a sua alma e talvés descobrir a impossibilidade de algo tão complexo? Por que ódio e rancor tantam reinam num mundo tão desumano cujo o próprio ser-humano construiu? Por que somos treinados e ensinados a nos acostumar com esse modo de vida cruel e completamente assustador, que não se importa com as nossas dores, que não sabe das nossas necessidades e que não é capaz de entender os meus sonhos?...Por que temos que aceitar tantas imposições injustas injustas, tantas idéias insanas que não aceitam críticas e que são aclamadas por aqueles capazes de mudar tanta miséria e pequenez em nosso mundo,por aqueles que tem educação e consciência necessárias para entender que tudo o que se passa é fútil e incapaz de tornar o nosso meio num lugar mais digno de vida, de sanar as alarmantes 'cicatrizes' profundas já formadas? Por que sorrer, se nada parece me dar motivos para a alegria, se nada por aqui parece me completar, se ninguém por aqui parece me entender? Por que chorar, se as lágrimas não lavarão a minha dor, se as minhas lágrimas não levarão para longe de mim as minhas dúvidas, muito menos as minhas lamentações... Se não levarão para longe de mim a minha tristeza? Por que tentar amar tanto os outros, se o homem insiste em ser tão orgulhoso, incompreensível, se é incapaz de notar as coisas mais simples e importantes da vida, se eu sei que em muitas vezes não serei retribuída da mesma forma à esse amor que dou incondicionalmente até mesmo àqueles que parecem nem se preocupar comigo... se sei que no final de tudo a ingratidão será a minha 'companheira inseparável'? Por que ser sozinha, ser 'eu por mim', se já sei que eu na condição humana à qual pertenço exige que eu entenda outras pessoas...exige que eu tente entender o mundo... que eu tente entender alguns de seus princípios?...Por que me apegar à pequenas coisas e à grandes pessoas que rapidamente partirão da minha vida, mas que eternamente permanecerão em minhas lembranças, em minha história? Por que tanto sofrer por aqueles que provavelmente não derramariam uma lágrima por você? Por que desfrutar dos momentos de felicidade,se você já sabe o quanto eles são inconstantes? Por que se afundar em dor e sofrimento, se sabes que por mais complicada que seja uma situação e por mais tristes e despedaçados possam estar sua alma e seu coração, esse momento irá brevemente passar, como tudo em sua vida? Por que tanto lutar para acertar e fazer tudo em perfeição, se no fim tudo termina como realmente deve ser, independente de nossa vontade? Por que estar interessado em ouvir tudo o que se passa ao seu redor com tanta atenção, se no fim tufo o que você precisou ter ouvido estava dentro de si mesmo? Por que tanto procurar o silêncio, se o mundo incansavelmente grita, na tentativa de ser ajudado, de ser curado da ganância dos homens, e se todo o silêncio necessário para alcançar a suprema paz está dentro do teu próprio espírito, se dentro de você já existe todo o equilíbrio que tanto buscas em vão por aí? Por que flores, se estas virão a ser pó futuramente? Por que pó, se o mundo necessita de cores que possam trazer sinais de vida? Por que tanta auto-suficiência, tanto amor próprio, tanta força em suas ações, se no fim é a sensibilidade que dominará o mundo? Por que tanto lutar pelo domínio, pela simples aceitação da fragilidade se, inconscientemente, é o que nos povoa? Por que tanto esforço e sacrifício para entendermos e nos acostumarmos à ensinos que não farão a mínima diferença na construção do nosso caráter e e personalidade? Por que tanto ter que aperfeiçoarmos nossa inteligência e raciocínio, se a cada dia que passa agimos com mais impulsividade? Por que insistir em procurar uma luz com tanta pressa e empenho, se dentro de você ainda reinam e triunfam o sombrio, a penumbra? Por que apressar o tempo? Porque buscar tantas cores, se podes ter mais sinceridade com a transparência? Por que lembrar, se tens que agir para viver? Por que tantas palavras para expressar sentimentos tão confusos , para expressar tantas perguntas, que poderiam fazer sentido à partir de hoje, se certas coisas fossem mais notadas ou poderiam ser também mais um monte de perguntas fúteis, que servam apenas para enfeitar um raciocínio e preencher umas emoções? Por que respostas, se no final você pode encontrá-las dentro de você mesmo?

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