terça-feira, 14 de agosto de 2007

Trazendo a ética para a confusão dos meus dias.


Ética, moral , controvérsias na moralidade e a constante luta entre ser coletivo (que age de acordo com o papel que exerce na sociedade, muitas vezes negando os seus princípios ,não priorizando a sua autonomia, se "coisificando", ou seja, abdicando de sua racionalidade) e ser individual (que busca encontrar todas as respostas dentro de si mesmo, acreditando que para entender a nossa realidade e mudar alguma coisa na ordem vigente precisa primeiramente se entender, precisa se encontrar, colocando como prioridade os seus valores) nortearam e deram sentido às aulas de Heitor.

"O que vale a pena nos dias atuais? Tudo se perde ou será que sempre vale a pena?"


Agora eu penso no corre-corre do meu dia, em quantas coisas eu preciso fazer, em quantas responsabilidades eu assumi, quantas pessoas dependem da minha competência, quantas esperam uma resposta positiva nas ações que irei executar. Penso em quantas pessoas fazem parte do meu dia, quantas cruzam o meu caminho, são tantas que ao final do dia nem lembro de todas... que tristeza! São tão importantes quanto as que eu costumo lembrar, são capazes de mudar a ordem louca das coisas tão divinamente como as que eu torço pelo sucesso. Penso nas que eu mais amo e que o cotidiano impede que eu as veja, que eu as tenha como gostaria. Imagino as que eu poderia me apaixonar loucamente, mas não dou espaço pra que isso aconteça (é hora de ser racional, ser um "ser coletivo" e pensar um pouquinho no outro, tentar evitar a minha ausência antes que ela acostume-se com a minha presença). É engraçado pensar nas pessoas, elas sempre surpreendem e o encanto do inesperado é o que faz com que os nossos dias valham a pena, é pra experimentar, inovar, conhecer e nos admirar que acordamos todos os dias. É para nos renovarmos a cada dia que o dia foi montado do jeitinho que é... com um nascer do sol, trazendo toda a esperança que precisamos pra nos reerguer, com um sol quente pra nos dar vitalidade, uma tarde para podermos refletir em tudo o que está acontecendo e uma noite pra trazer toda a magia oculta no dia inteiro.

É pensando nessas coisas lindas do dia, dos humanos, do mundo que meu post se desenvolve. É refletindo sobre o ser coletivo e sobre a individualidade, a personalidade, as diferenças, singularidades de cada um que tento chegar à conclusão.




Agora você pensou que o texto chegaria ao fim ... mas era o que você esperava... certezas muitas vezes são cômodas, é bem mais interessante terminar com o que você nem esperava. E com certeza você não esperava que eu fosse finalizar preocupada com o que você espera ou não. Eu deveria estar bem mais interessada em escrever alguma coisa que fizesse sentido, algo literalmente correto, várias idéias dignas de serem lidas... afinal os leitores possuem diversas ocupações ao longo do dia... neste momento você poderia estar tomando uma xícara de café e pensando no trabalho voluntário que deseja começar, mas nunca o coloca como prioridade, ou embriagar-se com uma taça de vinho e refletindo sobre o livro de filosofia que acabou de ler, poderia, ainda, estar deitando, ouvindo a música que lhe transporta para uma realidade mais saudável, um mundo menos louco e arquitetar um encontro com aquela pessoa que lhe desperta um interesse, um desejo estranho. Mas não... você gastou esse tempo lendo o meu texto... e eu espero que ele tenha sido capaz de lhe enriquecer de alguma maneira.